Embora tenha visitado Florença pela primeira vez em março de 2013, minha ligação com a cidade é mais antiga: participei de um projeto que unia estudantes de Design da minha universidade em São Paulo com os da Universidade de Florença quase 10 anos atrás.
Por causa disso, para mim a cidade sempre teve um link com arte e criatividade – e eu estava certa! Minha câmera não parou: não conseguia deixar de fotografar, a inspiração estava por toda parte, desde o belíssimo piso do Duomo (que não está nesta lista por ser excepcional!) e sua fachada impressionante até a pintura descascada das casas florentinas. Aqui estão 10 coisas que foram essenciais para mim nesta visita e podem te inspirar também!
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O David é a estrela da Galleria dell’Accademia, e não é por menos: essa obra-prima de Michelângelo, feita entre 1501 e 1504 a partir de um bloco de mármore, é uma das coisas mais impressionantes que você verá em toda a sua vida. O gigante de 5,17 metros tem um efeito hipnotizante, é muito difícil desviar o olhar de tantos detalhes e não questionar como alguém pode ter esculpido curvas tão perfeitas em algo tão sólido quanto o mármore.
A Ponte Vecchio, uma ponte medieval que atravessa o Rio Arno, é uma das joias de Florença. Apesar de sempre estar lotada de turistas, ao atravessá-la é como fazer uma viagem no tempo – basta um pouco de imaginação para visualizar o movimento da ponte alguns séculos atrás. Atualmente, as lojas que ocupam toda a extensão da ponte vendem principalmente joias, mas antigamente eram os açougueiros da região que estabeleciam seus comércios ali. A assimetria das lojas e a combinação de cores tornam a Ponte Vecchio um prato cheio para fotos.

As longas caminhadas para explorar a cidade e seus arredores exigem muita energia! E nada melhor para recuperar a energia do que comer um panini de presunto e queijo em qualquer cantinho de Florença. E, é claro, terminar com um gelato. Ou então, começar com um gelato, também não é problema, certo? Florença tem ótimos restaurantes, mas essas pausas estratégicas são essenciais e deliciosas!

Se ficou emocionado ao ver o David na Accademia, precisa visitar a Basílica de Santa Croce, onde está o túmulo de Michelângelo. Criador e uma de suas preciosidades descansam na mesma cidade, algo que me emocionou bastante. A Basílica de Santa Croce não é tão famosa quanto o Duomo, mas (correndo o risco de despertar a irritação de alguns!) é igualmente linda, especialmente seu interior. O ingresso de 6 euros vale muito a pena: além de Michelângelo, também estão lá Galileu Galilei e dezenas de outros túmulos espalhados pelo chão (alguns bastante desgastados pelo tempo). Aproveite também para visitar a loja de souvenirs da Escola do Couro que funciona lá dentro.

Embora imediatamente pensem em massas quando se fala em gastronomia italiana, o destaque da “mesa” de Florença é a bistecca fiorentina (assim mesmo, com dois “c”!). Ela nada mais é que um t-bone grelhado, quase sem tempero, apenas com um pouco de sal e pimenta. O restaurante que escolhemos para experimentar essa maravilha foi o Il Latini: ambiente super agradável com a típica bagunça italiana que faz você se sentir em um grande almoço de domingo!

O Nascimento da Vênus, pintura de Sandro Botticelli do final do século 15, é uma daquelas obras que todo mundo conhece ou já ouviu falar, independentemente de gostar ou não de arte. Existem inúmeras explicações para cada centímetro quadrado da pintura – aparentemente tudo ali tem uma razão de ser representado. Lembro-me bem de quando, em uma aula de história na escola, minha professora a usou como referência para falar sobre o Renascimento. Ela está na Uffizi, o maior e mais famoso museu de Florença. Para evitar a fila gigantesca, compre o ingresso antecipadamente pela internet.
Para tirar a foto “cartão postal” de Florença, suba até a Piazzale Michelangelo. Vale a pena sair da agitação do centro da cidade e caminhar até lá. A subida pode ser um pouco cansativa, mas quando você chega lá em cima, esquece o esforço. Depois de tirar muitas fotos, faça uma pausa em uma espécie de quiosque quase ao lado da escadaria e tome um latte macchiato.

Raramente me lembro dos nomes dos restaurantes que visito em viagens. Porém, fiquei totalmente encantada pelo Il Santo Bevitore – tentamos até repetir a experiência de tão boa que foi, mas infelizmente estava lotado. Tudo ali é incrível: o ambiente, o serviço, a comida, o vinho e até o preço (comparado com outros restaurantes que visitamos, o Il Santo é de longe o melhor custo-benefício). Não deixe de começar com uma tábua de frios ou queijos e intercalar a entrada e o prato principal com uma garrafa de Chianti clássico, produzido ali pertinho em vinícolas orgânicas.
