Hoje é o último dia da #MuseumWeek (semana do museu) que foi celebrada no mundo inteiro através das redes sociais (procure pela hashtag no Twitter, Instagram, Facebook) e os blogueiros da RBBV também estão participando! Para trazer a #MuseumWeek aqui pro Aprendiz, resolvi escrever sobre 5 museus não tão conhecidos em Londres.
Claro que visitar os grandes museus como National Gallery e Tate Modern é imprescindível se você curte arte e aprecia museus (até porque os grandes museus em Londres tem entrada gratuita para os acervos), mas para quem quer sair um pouco do usual, dê uma olhadinha nessa lista!
|
1. Guildhall Art Gallery
A Guildhall Art Gallery abriga a coleção de arte da City of London (região que deu origem a Londres, e um dos centros financeiros da cidade) e tem obras que datam desde 1670. O destaque fica por conta dos trabalhos produzidos na Era Vitoriana (segunda metade do século 18). Ou seja, você irá encontrar telas dos Pré-Rafaelitas assim como muita coisa do Classicismo e Orientalismo. Outra coisa muito bacana é o conjunto de obras que homenageiam Londres. Tem uma área do museu inteiramente dedicada aos quadros que tem Londres como pano de fundo.
Quando o prédio estava sendo construído, arqueologistas encontraram resquícios de um anfiteatro romano, e todo o projeto arquitetônico precisou ser refeito pra ‘acomodar’ essas ruínas. Hoje, o anfiteatro faz parte da visita ao museu.
Para saber mais sobre a Guildhall Art Gallery, clique aqui.
Serviço:
- Endereço: Guildhall Yard, EC2V 5AE
- Estações de metrô mais próximas: Mansion House (District e Circle lines), Bank (Central e Northern lines), Moorgate (Northern Line)
- Aberto de segunda a sábado das 10 às 17h e domingo das 12h às 16h
- A entrada é gratuita, tanto para o museu quanto para o anfiteatro
- Fotos são permitidas, sem flash
2. Kenwood House
Se você gosta dos chamados ‘Old Masters’, tente visitar esse a Kenwood House. Tem bastante coisa dos séculos 17 (como um autorretrato do Rembrandt) e 18, e outras tantas do 19, como o ‘Coast Scene with Fishermen’ do Turner. Há também uma sala com uma curiosa coleção de fivelas de sapatos. A estrela da coleção, porém, é do Vermeer: ‘The Guitar Player’.
A área onde fica esse museu já vale a visita, mesmo que você não seja muito ligado em arte: a casa, que foi construída originalmente no início do século 17, fica em uma área verde enorme (Kenwood State), ao norte de Hampstead Heath. Ou seja, é um belo passeio para um dia bonito: você vê as obras, caminha no parque e ainda por cima pode almoçar por lá mesmo, já que eles tem um restaurante ótimo.
Para saber mais sobre a Kenwood House, clique aqui.
Serviço:
- Aberto todos os dias das 10 às 17h (fecha nos dias 24, 25, 26 e 31 de dezembro e 1 de janeiro)
- Entrada gratuita
- Endereço: Hampstead Lane, Hampstead – NW3 7JR (pegue a linha Northern metrô e desça em Archway ou Golders Green, então pegue o ônibus 210 – sentido Brent Cross se você pegar em Archway ou Finsbury Park se você pegar em Golders Green – e desça no ponto Compton Avenue/Kenwood House)
- É permitido fotografar (sem flash e sem tripé)
3. Geffrye Museum
Essa dica é pra quem gosta de decoração, pois o Geffrye Museum é totalmente dedicado a esse tema – não apenas no quesito estético mas também a evolução da nossa relação com o lar. A atração principal é o conjunto de 11 salas (Period Rooms) que representam a evolução de uma casa inglesa desde o século 17 até o fim do século 20, em sequência cronólogica. Vale ressaltar que a decoração que está ali não é uma cópia fiel de nenhuma casa específica e sim uma representação de estilos, gostos e costumes de cada época.
Museus de Londres – Geffrye Museum from dottv productions on Vimeo.
O Geffrye conta também com um espaço para exibições temporárias e outras coleções, como a de mobiliário do século 20 (adoro!), exemplares de papel de parede, fotografias de casas (interiores e jardins) e mostruários de tecido.
Para saber mais sobre o Geffrye Museum, clique aqui
Serviço:
- Dias e horários de abertura: terça a sábado das 10 às 17h, domingos e feriados das 12 às 17h
- Os jardins de temperos e de época ficam abertos entre 30 de março e 31 de outubro
- É permitido fotografar (sem flash e sem tripé)
- Entrada gratuita
- Localização: Kingsland Road, E2 8EA (estação mais próxima é Hoxton, no Overground, mas dá pra ir andando da estação de metrô Old Street)
4. Museum of Brands
Apesar do Museum of Brands ficar encostado no burburinho da Portobello Road, é um lugar tranquilo e sem filas. Mas eu queria fazer minha parte pra mudar isso! É um museu tão legal que merece muitos e muitos visitantes. Ele é mantido por alguns patrocínios, os ingressos, lojinha de souvenirs e um time de voluntários, e cuidadosamente supervisionado por Robert Opie, seu fundador.
Museum of Brands from dottv productions on Vimeo.
(video cortesia do Canal Londres)
O Museum of Brands conta um pouco da história da sociedade ocidental através de… marcas! Nas suas pequenas galerias e corredores você vai ver coleções de rótulos, embalagens e produtos de merchandising e propaganda. Um arquivo sensacional, que começou como hobby de Robert Opie quando tinha apenas 16 anos. Os ítens mais antigos datam da Era Vitoriana, mas o que acho mais legal é ir relembrando infância e adolescência e resgatando memórias ao ver as coleções dos anos 80 e 90. Claro, a maioria do que está lá é ligado ao mercado britânico, como garrafas e rótulos de cervejas e chocolates bem famosos aqui.
Para saber mais do Museum of Brands, clique aqui.
Serviço:
- Dias e horários de abertura: terça a sábado das 10 às 18h e domingo das 11 às 17h
- Não é permitido fotografar!
- Valor do ingresso para adultos: £6,50 e crianças £2,25
- Endereço: 2 Colville Mews, Lonsdale Road, Notting Hill, London, W11 2AR (estação de metrô mais próxima: Notting Hill Gate)
5. The Wallace Collection
The Wallace Collection é um lugar mágico: apesar do acervo riquíssimo de pinturas holandesas do século 17 e francesas dos séculos 18 e 19 – sem contar os maravilhosos Canalettos que te transportam pra Veneza – o museu raramente faz parte do roteiro de quem visita Londres pela primeira vez. O que faz desse museu tão especial é a maneira como as telas estão distribuídas e expostas – o casarão era um residência e cada sala é diferente da outra. A gente tem a impressão de estar muito mais perto das pinturas, justamente por não ter aquele clima de museu grandioso.