Acabei de chegar da minha primeira viagem a Itália, passei 10 dias entre duas regiões do centro da Itália: a Toscana e a Umbria. Estou começando a escrever os posts específicos com roteiros e atrações, mas decidi fazer esse post com algumas observações mais gerais desses 10 dias que passei no país. Se você vai pela primeira vez pra Itália, acho que essa lista pode ser útil!
1. O café-da-manhã dos italianos é doce, normalmente pão e marmellata (geléia) e café (espresso na maioria das vezes). Nas pasticcerias você vê o povo todo tomando um espresso com pãozinho doce qualquer. Croissant com chocolate ou nutella, croissant com creme, torrada com geléia de frutas, quando eu via alguém comendo um pão com queijo ou presunto, era turista! Nos hotéis que eu fiquei hospedada eles tinham café-da-manhã com doces e salgados, então dava pra comer um pão com queijo se eu quisesse. Se vai ficar em hotel sem café-da-manhã, já sabe o que vai encontrar!
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2. Cada região da Itália tem os seus vinhos típicos da área e eles são bairristas pra caramba, preferem comprar os vinhos do lugar onde moram do que de outras regiões. Na Toscana o Chianti e o Brunello são reis, na Umbria o Sagrantino e o Montefalco Rosso são os mais comuns. E os vinhos locais são baratíssimos, tanto em restaurantes quando nos supermercados. Um vinho da casa em um restaurante pode sair mais barato que um refrigerante, e os vinhos da casa costumam ser decentes. Muitos vinhos tem os nomes das cidades onde são feitos. Sem falar que os vinhos do lugar combinam com a culinária da região, então procure tomar o vinho local ao invés de pedir vinhos vindos de outras áreas.

3. Os italianos tem uma quantidade absurda de marcas de águas engarrafadas. Eu não tinha noção de que eram tantas, deveria ter tirado foto de cada garrafa que bebi, porque tenho quase certeza que em 10 dias eu não tomei a mesma água mais de uma vez! Com gás (frizzante, rótulo azul) ou sem gás (naturale, rótulo vermelho), são muitos tipos e tem a composição química no rótulo pra você saber que sais minerais tem naquela água. Uma observação sobre os rótulos: todas as águas que eu bebi tinham essa padronização de rótulo, mas não é 100% – tem algumas águas que tem rótulos de outras cores. Um italiano com quem eu estava conversando na primeira noite reclamou que quando ele foi aos EUA, o rótulo da água só tinha escrito “água” e ele não sabia quais eram os minerais das águas para poder escolher! Em supermercados você vai sempre encontrar garrafas bem maiores pelo preço das pequenas que são vendidas em bares e restaurantes, claro.

4. Os restaurantes por onde passei não serviam almoço antes de meio-dia (e fecham em torno de 14h30) e não servem jantar antes das 19h30. Entre 20-21h é o horário que todo mundo janta. Mas não pense que os restaurantes ficam abertos até altas horas não, lá pelas 23 horas estão fechando. Se não se planejar pra comer nas horas certas pode ficar com fome! 😉

5. Muita coisa fecha entre 12h30-16h pro almoço (comércio e atrações turísticas). A maioria reabre por volta de 14h30 mas ainda assim alguns lojas e restaurantes só reabrem as 16h. Exemplo: a Basílica de Santa Maria degli Angeli, onde fica a Porciúncula de São Francisco, que abre novamente as 14h30 e a loja da TIM que só abriu de novo as 16h. Dei com a cara na porta no meio da tarde…
6. Na semana de 15 de agosto, praticamente o país inteiro para de trabalhar e os italianos saem de férias al mare (pra praia). Não é uma boa época para visitar a Itália, porque você vai encontrar quase tudo fechado. Ir pra uma cidade de praia então nem pensar, tudo lotado e caro.
7. Os gelatos (sorvetes) italianos são famosos. Mas nem todo gelato é artesanal (artigianale), a maioria hoje em dia não é mais. Mesmo assim são melhores que a maioria dos sorvetes que já tomei no Brasil ou EUA. Os gelatos de fábrica normalmente tem uma plaquinha de nome dos sabores padronizada que você aprende a reconhecer. O preço médio de um copinho pequeno de gelato com 2 sabores é 2 euros, o mais caro que eu tomei foi 2.50 no Grom em Siena e o mais barato 2 euros em vários lugares na Umbria. Os meus favoritos são Nocciola (avelã), Pistacchio (pistache) e Bacio (igual ao chocolate Bacio que tem chocolate e avelãs).

8. Nos ônibus, se você comprar a passagem quando entrar no ônibus com o motorista, custa mais caro (na Umbria, 2 euros ao invés de 1.50) do que comprando nas lojas de tabaco (Tabacchi) ou centro de informação (quanto tem algum perto das estações de trem).
9. Na grande maioria dos trens e ônibus que eu peguei não tinha anúncio de estação, de ponto e nem mapa ou letreiro pra você saber qual é a próxima estação. Tem que prestar muita atenção pra não passar direto, é bom sempre saber qual é a estação ou ponto anterior a que você tem que descer. Eu estava num ônibus em Perugia combinando com a minha amiga Leticia que horas eu ia chegar na estação pra ela me buscar e passei direto do ponto, a sorte é que eu estava bem adiantada e o ônibus fez o caminho de volta a tempo de eu pegar o trem!
10. Cuidado com os carros: muitas vezes a gente anda em ruas medievais estreitas e nem imagina que pode passar carro ali, mas passa. Atenção redobrada nas curvas, pense sempre que pode virar um carro e você tem que se posicionar em um lugar onde eles possam te ver! É incrível ver os lugares por onde os italianos passam com os carros, pra dirigir nessas micro ruas só nascendo italiano mesmo 🙂 Tem lugar que é tão estreito que tem que dobrar os retrovisores pra passar.

11. Você pode comprar um chip (SIM card) pro seu telefone se for desbloqueado, com um plano básico e acesso a internet, entre 10-25 euros. Para estrangeiros, só precisa mostrar o passaporte. Eu comprei o chip da TIM com um plano de voz baratinho e 4 GB de internet
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