A Chris (que escreve os blogs The sky is gray… again e Miss Lazy has a, ops, two babies) mora em Londres desde 2005 e esteve em Barbados no início de março, com a filha (Laura, de 2 anos e 10 meses) e o marido, para um descanso merecido antes do nascimento da sua segunda filha, dentro de menos de 2 meses. Perguntei se ela toparia fazer um relato aqui pro Aprendiz e recebi esse post sensacional, cheio de informações práticas e também contando experiências pessoais.
Chris, muito obrigada!
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O Caribe sempre esteve nos nossos planos – a ideia era fazer um island hopping de barco e avião num espaço de 2 a 3 semanas em 2007-2008 – mas foi uma daquelas coisas que simplesmente caíram no esquecimento. Até que esse ano o plano se concretizou e aproveitamos uma semaninha de sol, praia e brisa em Barbados.
As razões pra escolher Barbados foram: 1) é uma ilha popular e desenvolvida, com boa infraestrutura, 2) preços razoáveis (vôo, hotel), 3) é Caribe, o que poderia dar errado com a escolha?
Praias
As praias da costa oeste são melhores para nadar, mergulhar e para crianças. Como elas são voltadas para o mar do Caribe, não tem quase ondas, ao contrário das praias da costa leste. São também as mais populares entre os turistas e barcos em geral. Duas praias recomendadas pelo pessoal do nosso hotel foram: Mullins e Payne Bay/Sandy Lane Bay. Pra ser sincera, elas são bem parecidas: não tem ondas, Mullins sendo mais rasa do que Payne Bay, cadeiras e barracas para alugar e um quiosque para comprar bebida e quitutes. Ambas também são cheias de corais, o que é bem bacana para a pratica de snorkelling mas nada confortável de pisar.

Para quem quiser, passeios de barco para ver as tartarugas(*) – uma das atrações de Barbados – saem das duas praias e vi pelo menos três opções em Payne Bay (tive que sair da frente de barcos e jet ski que estavam pegando passageiros, o que foi meio chato).
(*) A gente não fez o passeio e me arrependo. Acho que Laura teria gostado. O que nos foi oferecido em Mullins era um passeio curto, de no máximo 2 horas, e custava BDS$100 pro casal (US$50/£30). Mas no dia eu estava exausta e enjoada e marido não se empolgou.
Um ponto negativo das praias no oeste foi o acesso a elas. A sinalização é péssima, você tem que prestar muita atenção nas ruelas entre casas e prédios e assim que acha-las, começar a procurar um lugar para estacionar. E se der mole, vai ter que dar meia volta e tentar tudo de novo. Atenção mulheres grávidas com forte oscilação de humor: nao deixe que isso acabe com o seu dia. Encare como parte da viagem e não mate seu marido, principalmente se ele estiver dirigindo.
Nos hospedamos em Worthing, no sul da ilha, uma praia bonita, pequena, mar limpinho, poucas ondas (para adultos). Marido adorou o mar e sempre que podia (ou seja, quando eu ficava com a pequena), ficava de molho na água. Infelizmente, Laura não curtiu tanto, acabou ficando com medo das ondas e o mar era meio fundo pra ela. Os banhistas são hospedes dos hotéis locais e pessoas a fim de lagartixar na areia, ler, beber, caminhar e nadar. Não há muito mais a fazer.

Accra Beach, também no sul, é bem do lado de Worthing, poderíamos ter ido a pé (mas fomos de carro). Tem um bom estacionamento e é bem grande. Várias árvores dão sombra para quem não quer alugar cadeiras e barracas (muita gente, por sinal). No final da praia, tem uma piscina natural bem rasinha, ótima para crianças. Logo em frente tem um bar-restaurante, o Tiki Bar, com milhares de coquetéis – vários usando rum local – e fast food. Paramos ali pra tomar um suco e comer um cachorro-quente (Laura não parava de pedir). Como consumimos no local, nos ofereceram cadeira e barraca de graça, mas saímos logo depois. Minha filha definitivamente não está no clima de praia, para nosso azar.
Ainda no Sul, St. Lawrence Gap é um pedaço de praia, mas numa área super badalada. Não fomos, porque o lugar não nos atraiu muito. Oistins também é ali pertinho, mas fomos apenas a noite, no mercado de peixe. Varias outras praias pequeninas ao longo da costa do sul, mas como a gente passou muito perrengue procurando lugar para estacionar, e Laura não se impressionou muito, resolvemos limitar a quantidade de praias que visitamos.
No caminho das praias do leste, está a Crane Beach, considerada uma das mais bonitas do mundo. A areia é fina e rosada, a agua do mar é de um azul lindo, a temperatura da agua é ótima e a praia é rasa, mas não muito para crianças pequeninas, além de ter um pouco de onda. A praia fica entre dois penhascos, ambos com hotéis dos dois lados. Em um deles esta uma espécie de micro cidade, com resort, restaurantes, cafés, lojas, etc. Pode-se subir de escada ou de elevador panorâmico (mas a janela estava tão suja que quase não dava pra ver a paisagem).

Não paramos em nenhuma praia especifica na costa leste, mas dirigimos por toda a costa e vimos algumas delas – algumas me lembraram a praia Rasa em Búzios (na falta de praia melhor pra comparar). Como é de se esperar, essa parte tem menos hotéis, menos turistas, menos trânsito, e a maioria das praias estava completamente deserta.

Além da praia
Nem só de praia vive Barbados. Aliás, uma das coisas que minha filha mais gostou nessa viagem foi da Harrison’s Cave e do Barbados Wildlife Reserve. Valem super a pena, principalmente a caverna, onde você aprende um pouco mais sobre a historia geológica da ilha – uma das poucas da regiao de origem nao vulcânica. Usamos esses passeios para fugir do sol do meio dia, porque você soh precisa de umas 3, 4 horas do seu dia para ir, visitar e voltar pra praia.
- Harrison’s Cave: abriu pro público em 1981 e o passeio é feito num “trem” com um guia muito figura. Para os mais aventureiros (ou não-grávidos e sem crianças) é possível explorar a caverna a pé, cruzando as piscinas com água atá a cintura, se arrastando no chão para entrar nas galerias e se cobrir de muita lama. Deve ser divertido.

Pertinho da Harrison’s Cave estão o Flower Forest (não fomos) e Welchman Hall Gully (fomos no dia de embarcar pra casa). Tudo ligado a fauna nativa da ilha ou que foram importada, principalmente da Ásia. Essas atrações são localizadas nas montanhas com vistas bem legais da ilha.
- Barbados Wildlife Reserve: a área é dividida em três – a antiga torre de comunicações, a floresta educativa (um caminho de concreto no meio de árvores, com placas estilo “você sabia?” e cheio de macacos e um mini zoológico onde a maioria dos bichos ficam soltos – nada assustador, apenas veados, macacos, jabutis e outros animais amigáveis); jacarés, iguanas, cobras e aves ficam presos.
