Em um domingo de sol e céu azul fomos visitar o Desert Botanical Gardens, literalmente o Jardim Botânico do Deserto. Esse Jardim Botânico muito diferente de outros jardins que conhecemos fica na cidade de Phoenix, já quase em Scottsdale, na área do Papago Park, onde também está localizado o Phoenix Zoo. Só o Desert Botanical Gardens tem 65 acres de área cultivada e mais de 50 mil plantas. É uma paisagem fantástica, a coleção de plantas é super diferente de tudo que eu já tinha visto antes.
Na entrada, vários tipos de cactos de tamanhos variados e esculturas em vidro do artista Chihuly (que por acaso nós tínhamos visto na nossa visita ao lindo Dallas Arboretum) já mostram o que está por vir.
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Assim que entramos, de mapa em mãos, um senhor muito simpático que trabalha para o Jardim Botânico veio nos mostrar uma cobra típica da região, a King Snake. Ele tinha um filhotinho que estava mostrando pras crianças, e disse que esta espécie não é venenosa e pode ficar bem grande. Julia não quis mexer na cobra, eu peguei na minha mão pra ver se ela tomava coragem mas não adiantou. Eric ficou olhando curiosíssimo mas também não botou a mão não! Uma outra funcionária deu pra Julia uma folhinha com “tarefas”, pra ela brincar de detetive: localizar uma flor com um inseto pousado nela, localizar um cacto com uma mordida de animal, um ninho de passarinho, uma pena de pássaro, um buraco na terra…de um lado tinham as tarefas com as fotos do que ela estava procurando e do outro as explicações de cada uma das coisas. Ela adorou, ficou procurando (e achou) quase tudo.
Julia ficou logo fascinada pela quantidade de cactos diferentes, incluindo um cacto chamado Santa Rita Prickly Pear que muda de cor de verde pra rosa ou roxo dependendo das condições climáticas (frio e seco = mais rosa/roxo). Nós já tínhamos visto esse cacto na nossa viagem ao Arizona em 2005 e fui logo mostrando pra ela porque sabia que ela ia gostar. As flores são amarelas mas só aparecem na primavera, então dessa vez não vimos nenhum florido.

Passeamos pela trilha Desert Discovery, fomos vendo uma infinidade de cactus e outras plantas nativas, Muitos dos cactos tem flores, algumas só abrem no final do dia; e outros tem flores que parecem umas frutas, como a Prickly Pear, dos cactos de mesmo nome e que é usada na culinária local (inclusive em um outro hotel que ficamos eles oferecem uma margarita de Prickly Pear aos hóspedes no check-in!). Dizem que o suco da Prickly Pear é muito refrescante, mas deve ser misturado a outros sucos.

O cacto mais visto nessa região e protegido pela legislação do Arizona é o Saguaro. Altíssimo como uma árvore, está por todo lado, abriga vários animais e o primeiro “braço” pode levar até 75 anos pra nascer. As flores amarelas e brancas abrem à noite e essa é a flor-símbolo do Arizona.

Visitamos a parte do jardim de ervas, cheio de plantas comestíveis, Julia gostou de ver tomates, pimentões e pimentas crescendo e o relógio solar ali do lado. Encontramos com nossos amigos Flávia, Paul e Victoria que mudaram de Londres pra Phoenix no início do ano e Julia adorou rever a amiga (elas tem a mesma idade). As meninas continuaram a brincadeira de detetive e exploraram bastante o jardim. Almoçamos todos no simpático Patio Café, com mesinhas ao ar livre, comida gostosinha e leve, e com o dia perfeito que estava fazendo, a gente nem queria sair de lá.


Passamos no Butterfly Pavillion, que é uma estufa fechada com as borboletas. Centenas de borboletas voavam lá dentro, as crianças adoraram. Uma funcionária deu a dica que na primavera se você for e vestir uma roupa branca, elas vem pousar em você. Ela explicou que as espécies que eles tem na primavera são mais “amigáveis” do que as espécies que eles tem agora no outono.

Passamos pela Floresta de Agave Yucca…

…e seguimos para a trilha do Sonoran Desert, que mostra a vegetação do deserto dessa área, com ótimas placas explicativas. A trilha vai subindo um pouco e tem uma vista bonita do ponto mais alto, do jardim e de algumas das montanhas nas imediações.

