A Jordânia, assim como vários países no Oriente Médio, tem uma história que data de milhares de anos e faz parte do roteiro religioso de milhares de turistas e peregrinos que visitam o país em busca de lugares remanescentes da Terra Santa. Mesmo quem não tem interesse na parte religiosa acaba se encantando pela parte histórica do lugar, que foi redescoberto há pouco mais de 35 anos.
A nossa visita, que foi planejada para enquanto estávamos no Mar Morto que fica há poucos km de distância, começa no portão de entrada, onde fica a cabine para compra de ingressos que inclui um equipamento de áudio. Nos juntamos a um grupo em um ônibus do próprio Baptism Site. A área preservada, conhecida como Betânia além do Jordão, é fechada e somente ônibus autorizados entram no local. No nosso ônibus, são aproximadamente 20 pessoas, de todas as nacionalidades possíveis e a maior parte deles faz parte de grupos que estão visitando outros países como Israel e Egito.
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Nessa área, foram construídas várias igrejas de denominações diversas e em diferentes períodos. Uma das coisas curiosas dessa viagem foi ver como apesar de estarem cercados por países que vivem em guerra por causa de religião, na Jordânia a tolerância e direito a religião é respeitado.
A primeira coisa que o guia do ônibus nos mostra, do lado direito, é o monte onde o Profeta Elias ascendeu aos céus e também a área onde ficava a caverna onde João Batista morava.
Depois de alguns minutos no ônibus, paramos em um local onde começa a nossa caminhada. O percurso é de aproximadamente 2 Km, num terreno plano de terra batida e como era finalzinho do verão, muito calor.
Uma garrafinha de água, um chapéu e protetor solar são recomendados, principalmente nos meses de verão. Esse lugar ficou por muitos anos fora do alcance dos turistas e peregrinos, porque era uma área militar e de conflitos. A região era repleta de campos minados e os guias fazem questão de avisar que você deve se manter sempre dentro da área cercada. A área foi restabelecida depois que o lugar do batismo foi redescoberto. O Rio Jordão que hoje nesta área é bem estreito, tinha um volume muito maior de águas no passado.
Em cada parada, uma plaquinha indica o número correspondente ao Audio Guide, que recebemos na entrada, onde a história do local é contada.
Talvez o lugar mais importante de toda essa caminhada seja o exato ponto onde Jesus foi batizado. A área que tem uma “piscina de batismo” foi descoberta a partir de escavações e comparada com as descrições bíblicas e de peregrinos . Desde então, o lugar de batismo foi reconhecido por arqueológos, teólogos e também líderes religiosos de praticamente todas as denominações que reconhecem o batismo de Jesus por João Batista como fato importante. O papa Benedict XVI visitou em 2009 o Baptism Site e reconheceu este como um dos lugares mais importantes da Terra Sagrada para os cristãos.
Os lugares estão exatamente como foram encontrados, mas as coberturas (que não fazem parte da construção original) estão lá para proteger as partes mais sensíveis da ação do tempo. As escadas de mármore levavam para a parte mais baixa onde a água do Rio Jordão se juntava numa piscina para que os batismos fossem realizados. Ao fundo, onde se vê a outra cobertura, fica uma das igrejas mais antigas da área, que está sendo escavada e onde foram encontrados fragmentos de mosaicos e restos de construção.
Uma das muitas igrejas dentro da área preservada é esta Igreja Grega-Ortodoxa que fica em frente ao novo lugar de batismo. Ela é uma construção nova na área, mas lindíssima tanto por dentro como por fora. Veja as fotos abaixo e me diz se ela realmente não merecia todas essas fotos?
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