A Raphaella Perlingeiro escreve o blog Raphinadas, que conheci ano passado quando ela estava publicando posts sobre o Japão. Gostei muito dos posts e vi que ela tinha ido a Irlanda também, então perguntei se ela não queria escrever um pouquinho sobre a Irlanda pra gente, que é um país que ainda não tínhamos nenhum conteúdo aqui no blog. Aproveite pra seguir já a Raphaella no Twitter @raphinadas e no Facebook, porque ela ainda vai escrever mais posts sobre a Irlanda!
A Irlanda foi um dos países mais despretensiosamente sedutores que conheci até hoje. Cheguei lá como quem faz uma parada estratégica. Contando os dias para chegar na excitante Inglaterra. Londres para mim era o que interessava, mas como meu marido fazia questão de conhecer o país e como sou uma eterna curiosa, fomos.
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O país é idílico. Você nunca verá verde como o daquelas paisagens. Penhascos como os de Cliffs of Moher; praias como as de Connemara, no condado de Galway; parques nacionais como o de Killarney. Um verdadeiro festival para os amantes de paisagens naturais.
Além disso, eles têm cerveja (Smithwicks, Caffrey’s) e música (em qualquer pub, a qualquer hora), e uma animação, que para mim, é algo que se revela como uma grande força do caráter irlandês ao enfrentar os percalços da sua própria história.
E por falar em história, a da Irlanda é fascinante. Algo que me surpreendeu muito foram os castelos medievais que visitamos. Eles estão bem distantes em estilo daqueles do Loire na França, mais palacianos, mais preocupados com ornamentações. Nos castelos da Irlanda o que se encontra são verdadeiras fortificações, a função militar está marcada em cada pedra.
De todos os castelos que visitamos, posso garantir que foram muitos. O que melhor sintetizou esse espírito medieval e militar foi o Castelo de Cahir. Ele foi construído sobre uma ilha no meio de um rio, e tem o pacote completo, calabouços, paredes de pedra massiva, torres, escadarias estreitíssimas.
Ele foi fundado em 1142, alta Idade Média e foi um dos poucos poupados por Cromwell, responsável pela campanha inglesa na Irlanda e pela destruição de muitos castelos e igrejas da região. A última restauração do castelo foi em 1960.
Lá, no castelo de Cahir, sentimos o passado medieval irlandês conversar conosco. Foi muito impressionante. Andamos durante horas, nos perdemos e, longe da beleza delicada dos castelos franceses – que também adoramos –, o mundo ali foi outro, brutal, mas nem por isso menos humano.
Obrigada, Raphaella! Estou aguardando os próximos posts da Irlanda no seu blog!
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