Machu Picchu no Peru é provavelmente um dos destinos mais incríveis do mundo e depois de conhecer um pouco da história peruana no Vale Sagrado dos Incas, cheguei na estação de Ollantaytambo debaixo de muita chuva, para pegar o trem rumo a realização de meu sonho mais antigo…conhecer as ruínas da cidade histórica de Machu Picchu.
Sinceramente eu sempre achei que essa viagem seria um perrengue, não sei porque. Uns reclamam do preço, outros falam que é possível ir de ônibus, e ainda existe a possibilidade de fazer uma caminhada de quatro dias através da trilha inca.
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É verdade que a experiência não começou bem. Eu ainda estava no alto das Ruínas de Ollantaytambo quando as nuvens começaram a chegar e o tempo fechou. Em 10 minutos o temporal estava formado, menos mal que a van nos deixou perto da estação.
Trem Ollantaytambo – Machu Picchu
Esqueça ônibus, carro, lotação…o trem é o único meio de transporte para chegar diretamente em Aguas Calientes, a cidade que serve como porta de entrada para Machu Picchu. Há gente que vai de ônibus até certo ponto e caminha duas horas ou mais, para economizar. Se quiser saber mais, leia esse post com dicas sobre como ir barato para Machu Picchu.
A estação de trem é pequena e fica ainda mais apertada num dia de chuva, mas nada que tenha atrapalhado aquela ansiedade gostosa de chegar num novo destino, ainda mais sendo Machu Picchu. A área é até bem organizada, com uma cafeteria onde é possível comprar lanches, bebidas e relaxar um pouco antes da viagem.
Existem diferentes trens e classes de bilhetes, vendidos online por duas empresas: Peru Rail e Inca Rail. Minha viagem foi na classe executiva da Inca Rail, que custa a partir de 55 dólares o trecho, com duração de 90 minutos.
As poltronas são confortáveis e até oferecem serviço de bordo, que dá direito a uma bebida e snacks, mas nada que matará sua fome. Se você gosta de café, te garanto que é delicioso!
Os únicos pontos negativos da viagem de trem é o espaço interno, que é bem apertado mesmo na classe executiva, além da franquia de bagagem, que não permite malas grandes. Por isso mesmo, existem armários nas estações.
Aguas Calientes
Chegamos no finalzinho da tarde na pequena cidade de Aguas Calientes, de onde saem os ônibus que fazem o último trecho para chegar em Machu Picchu. De tão pequena, tudo é feito a pé, e foi caminhando que atravessei a enorme feirinha de artesanato, o Rio Urubamba e cheguei no excelente Sumaq Hotel, para mim o melhor de toda a viagem ao Peru.

O jantar no hotel estava marcado apenas para as 21hs, então fiz o check-in e parti para explorar um pouco da cidade. Seu nome oficial é Machu Picchu Pueblo, mas ficou mais conhecida como Aguas Calientes devido as fontes termais que deram origem as piscinas de água quente.

Após poucos minutos encontrei a charmosa Plaza de Armas, a principal praça de Machu Picchu. Fiquei ali apenas esperando o tempo passar, mas impressionado com a estrutura turística. Apesar de apenas 1.600 habitantes, existem mais de 100 opções de hospedagem e tantos outros restaurantes, todos concentrados numa mesma região.

Passei também pelo mercado municipal, mas é melhor nem comentar!

O jantar foi sensacional, com o tradicional ceviche como entrada, e salmão grelhado para o prato principal. Claro, sempre acompanhados do famoso Pisco Sour, bebida tradicional do Peru.