Quando pensamos em romance e lua de mel, as Maldivas certamente estão no topo da lista, não é mesmo? Adriana Lacerda, do blog Escapismo Genuíno, está viajando pelo mundo e passou um tempo nas Maldivas. Na edição de Outubro da Revista, ela compartilhou um pouco mais sobre esse paraíso.
A cor da água é o que atrai a todos a esse arquipélago remoto, mas ao chegar lá, não é apenas ela que encanta. As Maldivas te conquistam por várias razões – a privacidade, o nascer e o pôr do sol, o peixe fresco, os sorrisos brancos contrastando com a pele morena, os filhotes de tubarão, as tartarugas, os golfinhos…
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Mesmo sendo conhecidas como um destino de lua de mel e pelas belas paisagens, as Maldivas possuem uma cultura exótica, aconchegante e diversificada. A maioria dos habitantes é muçulmana, mas também há cingaleses, árabes e sul-indianos. Mesmo que não pare em Malé, a capital vibrante, ao interagir com o pessoal do hotel, você sente a calorosa hospitalidade do povo e aprecia a comida local.
As Maldivas oferecem uma grande variedade gastronômica. Nos hotéis de luxo, você pode encontrar opções internacionais e ocidentais, comida indiana, chinesa, frutos do mar frescos e os sabores locais – curries, leite de coco e especiarias. Uma explosão de sabores e cores para o seu paladar.
O que mais me encantou no arquipélago foi a sensação de estar longe de tudo. Você pode estar quão conectado (ou desconectado) quanto gostaria. Os hotéis têm wifi, mas muitos motivam os hóspedes a limitar o uso nas áreas comuns. Por ser um lugar remoto, por estar ilhado (no bom sentido) e por ter tanta beleza natural, a sensação de afastamento do mundo real é deleitosa. Ir para as Maldivas é sinônimo de uma experiência exclusiva e com isso, vem o pacote luxo isolado. Das 200 ilhas habitadas, quase a metade é ocupada por hotéis de luxo. Em cada ilha só pode ter um resort, ou seja, você sabe que sempre terá um alto nível de privacidade. Além da privacidade, o foco é no relaxamento e no bem-estar, com SPAs oferecendo tratamentos de todos os tipos e diferentes atividades físicas como ioga, aulas de surf, consultas de ayurveda, etc.
Uma ideia que eu tinha sobre as Maldivas que foi totalmente desconstruída ao chegar lá é a que não tem nada para fazer nas ilhas. Eu achava que era um lugar para levar livros, namorar e ver o tempo passar. Sim, tem algo de realidade nesta concepção, mas não é só isso. Na verdade eu estava redondamente equivocada. Se você quiser, você não para quieto. Tem aulas de ioga, surf, windsurf, passeios de barco para ver golfinhos, passeio de barco para ver o pôr do sol com coquetel à bordo, pescaria, mergulho, snorkel, além de degustações e restaurantes para refeições deliciosas.
As ilhas definem a palavra paraíso, tão simples quanto isso. Com águas cristalinas em diferentes tons de azul beijando praias de areia branca (na verdade aquilo dá a sensação de areia, mas são corais esmigalhados), não consigo achar outro significado além de santuário natural de extrema paz. Ao ver o encontro daquele céu e mar é inevitável pensar – como ainda existe um lugar tão puro assim na terra? Me belisca, estou mesmo vivendo isso ou estou olhando para o papel de parede do meu computador? Aí a brisa toca levemente o seu rosto e você tem certeza que tanta beleza é de fato real.
Você pode se encantar pelas Maldivas na terra, no céu e no mar. Ao chegar em Malé ou ao se transportar para alguns dos hotéis, a vista da janela do avião dá a impressão que meteoros caíram na terra e formaram desenhos luminosos no mar. Da praia, com os pés na areia você aprecia a cor da água. Já dentro dela você mergulha em outro mundo – o habitat de tantas espécies marinhas das mais variadas matizes.
As ilhas são patrimônio da UNESCO, mas já são mais de 100 hotéis. Por isso, muitos deles têm medidas de preservação ambiental, pois só assim elas continuaram a ser naturalmente belas.
A verdade é que não existem acomodações econômicas nas ilhas, mas existem diferentes preços e opções de tudo incluído que podem tornar esse sonho realidade. Como um dos lugares mais exóticos, puros e ainda naturais do mundo, faz sentido que ele não se torne aberto demais, mas no fundo eu desejava que todos pudessem ver de perto tanta beleza.
Four Seasons Hotel Kuda Huraa
O hotel é relativamente pequeno e aconchegante, com um ambiente de um vilarejo. Você anda por toda a ilha, pois é tudo perto. Tem opções de bangalôs na água e vilas na beira da praia com piscina privativa. Fica a 20 minutos de lancha do aeroporto de Malé.
Four Seasons Hotel Landaa Giraavaru
Este hotel já é bem maior. Todos os quartos têm bicicletas para você rodar a propriedade. Ele tem mais vegetação e por isso tem uma cara mais de selva do que vilarejo. Tem opções de bangalôs na água e vilas na praia com piscina e sala de estar privativas. É mais afastado e portanto tem que pegar uma lancha de 20 minutos e depois 30 minutos de hidroavião.
Gili Lankanfushi
O conceito do hotel é “sem sapatos e sem notícias”, portanto você não verá jornais nem usará sapatos durante a sua estadia. É relativamente pequeno, tem um ar íntimo. Todos os quartos têm serviço de mordomo. A decoração é rústica com alusões ao livro Robinson Crusoé. Fica a 20 minutos de lancha do aeroporto de Malé.
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O clima
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